quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Medo atrapalha mudanças e faz você perder oportunidades


Descubra se a sua insegurança faz você abrir mão do risco e adiar a felicidade.

Quem nunca teve um desejo, uma vontade, e acabou deixando passar por pensar demais nos contras? A velha frase que diz que é melhor se arrepender do que foi feito cai como uma luva nesses casos. Ao deixar passar a oportunidade de realizar um sonho ou mudar o rumo da vida, você pode perder uma chance de ouro, e nunca vai saber disso. "Talvez uma das melhores maneiras de aproveitar as oportunidades seja viver o aqui e agora, sem se prender muito ao que ficou para trás, nem perder o sono com o que virá no futuro", afirma o psiquiatra Renato Mancini, de São Paulo. 

Aprender com o passado e planejar o futuro são comportamentos extremamente úteis, desde que você faça isso a serviço do presente, ou seja, tome atitudes que deixem o seu momento atual mais prazeroso, mais motivador. O problema aparece quando, por medo, muita gente se escora no que está por vir e não se mexe. Se este é o seu caso, veja esta lista de sete oportunidades campeãs de risco e aproveite as dicas dos especialistas para bancar a insegurança e experimentar um pouco de ousadia.

Um novo começo profissional

Concluir a graduação, se especializar, construir uma carreira: nada disso é fácil. Como agir então quando você percebe que gostaria de ter outra profissão? Depois de cair das nuvens, é hora de seguir a diante e, se for o caso, até fazer uma nova faculdade. "Quando nos propomos a mudar nossa rotina é natural sentir insegurança, mesmo que a mudança seja para melhor", conta Renato Mancini. "Somente com a experiência na prática, a sensação de insegurança será vencida". Separar nossas impressões emocionais e racionais (talvez anotá-las) ajuda bastante na superação do medo. Afinal, se do ponto de vista lógico a mudança faz sentido e o único ponto contra é o receio, por que não tentar?

Abrindo o próprio negócio

"Essa é uma situação mais complexa, pois, em alguns casos, o medo acaba vindo de alguns fatores práticos, como a falta de conhecimento e habilidades necessários para levar o negócio em frente e ter sucesso", afirma o psiquiatra Renato. Se esse for o caso, vale a pena fazer antes uma preparação adequada, para depois abrir o negócio em questão. Mais uma vez, é útil tentar separar do ponto de vista racional e emocional, os fatores a favor e contra. "Se o medo se fundamenta em argumentos racionais, vale a pena escutá-lo, se ele é simples fruto da insegurança, é hora de enfrentá-lo", afirma o especialista.

Ficar ou sair do emprego?

No emprego, assim como em outras situações da vida, acontecem altos e baixos, que são autolimitados. Por isso é fundamental ter perspectiva para avaliar as situações. Quanto maior a habilidade de olhar as situações num contexto maior, maior a chance de se tomar decisões que parecerão boas mesmo após bastante tempo. "As férias são uma alternativa para ganhar perspectiva, pois num ambiente de menos pressão e mais tranquilidade as decisões ficam mais fáceis de serem tomadas", diz o psiquiatra Renato. Outra boa ideia é conversar com pessoas mais experientes, que já passaram por situações semelhantes, ou com pessoas que trabalham em posições almejadas para ouvir suas experiências e opiniões.

Constituir família

Casar e ter filhos são decisões que envolvem bastante responsabilidade. É importante que cada um tenha claro quais são suas expectativas em relação ao relacionamento, para que o casal possa conversar abertamente e se planejar. Alguns relacionamentos não dão certo, por exemplo, porque as expectativas de ter filhos são incompatíveis. Homens costumam ser mais inseguros que as mulheres nesse quesito. A recomendação do psiquiatra Renato é ser sincero: "nada mais saudável do que deixar claro seus desejos desde o começo". Um diálogo eficiente traz segurança ao casal e permite que os planos sejam construídos em conjunto.

Romper laços

A dificuldade para romper laços costuma ser reflexo de uma carência pessoal, que pode ter origem na infância. "As pessoas muito carentes solicitam demais as que estão próximas, se sentem dependentes, o que contribui muito para a deterioração do relacionamento", afirma o psicólogo Tiago Lupoli, da clínica CEAPP. O primeiro passo, segundo o especialista, é perceber que isso está acontecendo. "Se você se identificar, tente fazer mais passeios sozinho e busque atividades que voltem o olhar para dentro, como a ioga e a meditação". Outra opção é a psicoterapia, que te ajuda a entrar em contato com essas questões, entendendo-as melhor para então encontrar soluções.

Declare-se

 Vencer a timidez de se declarar para o amor platônico pode ser um desafio divertido. Para os mais tímidos, na hora de falar sobre os seus sentimentos, vale lançar mão de diversas estratégias para transmitir sua mensagem sem a constrangedora situação de falar de seus sentimentos cara a cara. Escrever é uma solução clássica. Atualmente, com as mídias digitais, tablets e smartphones as possibilidades são muitas. O importante é não adiar a felicidade. O psiquiatra Renato dá a dica para os mais tímidos: "Procure atividades nas quais vencer a timidez está associada à diversão e ao prazer, como teatro e música".

Peça desculpas

Essa é uma decisão bastante individual. Não há regra. "Desentendimentos fazem parte da vida e nem sempre as desculpas acontecem", afirma Renato Mancini. "Muitas pessoas não pedem desculpas por receio do que irão ouvir em resposta, em compensação podem comprometer relacionamentos por questões relativamente pequenas". Os maiores benefícios de pedir desculpas são cultivar a própria flexibilidade, assim como preservar os relacionamentos.  





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