Raios e trovões: como se formam
Quem já viu uma tempestade, certamente assustou-se com os raios e trovões. Mas como eles se formam.
Raios são grandes descargas elétricas e os trovões são o barulho provocado por elas. A diferença de tempo entre uns e outros é explicada pela física: a luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo, por isso chega mais rápido que o trovão, já que a velocidade do som é de “apenas” 340 metros por segundo.
O atrito entre as gotas d’água condensadas numa nuvem provoca a perda de elétrons de umas, que são transferidos para outras. Por isso, as nuvens podem ter uma tremenda carga elétrica. Num determinado momento, o equilíbrio entre as moléculas de água se desfaz, causando uma movimentação muito rápida de elétrons.
É isto que determina a faísca, a descarga elétrica resultante de uma imensa liberação de energia que faz o ar em volta inflamar-se (a temperatura chega a mais de 20.000°C), produzindo o clarão do relâmpago, que corre num tubo irregular chamado canal de plasma, com cinco a seis quilômetros de comprimento e poucos centímetros de diâmetro. O formato irregular é o que determina a sinuosidade do raio. O trovão é o ruído da expansão do ar aquecido pelo raio.
Apenas 9% da energia dissipada se transformam em radiação eletromagnética (incluindo a luminosidade do raio). 90% se transformam e calor e 1% em ondas de pressão, que são as responsáveis pelo raio.
Povos antigos chegaram às mais estranhas definição para os raios. Para os gregos, os raios eram a arma de Zeus, o deus dos deuses. Ele os lançava do Olimpo sobre seus inimigos. Os nórdicos acreditavam que eram provocados por marteladas de Thor. Aristóteles, no século III a.C., explicou que os raios eram provocados por colisões de nuvens. Finalmente, no século XVIII, experiências de Benjamin Franklin e Louis Guillaume Lemonier demonstraram a natureza elétrica dos relâmpagos.
O Brasil é o país onde se registra a maior quantidade de raios. Calcula-se que anualmente 50 milhões de relâmpago atinjam o território brasileiro, causando cerca de 1 bilhão de reais em prejuízos. Teresina é a campeã de raios. Este é o motivo por que a região onde se situa a capital piauiense foi batizada de chapada do Corisco.
Por fim, vamos desmentir alguns mitos. Ao contrário do que diz o ditado, raios podem cair no mesmo lugar. Carros e ônibus são sempre seguros durante uma tempestade. Praias, parques a campos devem ser evitados, porque o raio atinge sempre o ponto mais elevado, que pode ser a cabeça de um passante. A água do mar é excelente condutora de eletricidade e atrai muitos raios.
Espelhos não atraem raios, por isso não precisam ser cobertos durante as fortes chuvas. Aparelhos elétricos precisam ser desligados, mesmo que não haja um para-raios devidamente instalado, mas telefones sem fio e celulares não representam perigo.
Fonte:
http://www.blogadao.com
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