O Dia do Amigo foi adotado em Buenos Aires, na Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.
A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema “Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro”.
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo , é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.
A amizade, bem como as nossas relações humanas em geral, pode às vezes ser um dos aspectos mais difíceis da nossa vida, enquanto que em outros momentos pode ser o mais útil. No budismo, a amizade é um fator extremamente importante, talvez mais ainda do que você poderia esperar. A mais famosa declaração sobre amizade no budismo surge quando o primo do Buda, Ananda, lhe comenta “Esta é a metade da vida santa, senhor: admirável amizade, companheirismo admirável, admirável camaradagem.” E o Buda respondeu, ” Não diga isso, Ananda. Não diga isso. Admirável amizade, companheirismo admirável, admirável camaradagem é efetivamente todo o conjunto da vida santa.Quando um monge tem pessoas admiráveis como amigos, companheiros e camaradas, ele pode vir a desenvolver e prosseguir no nobre óctuplo caminho.”
Portanto, apesar da imagem do budista como o derradeiro viajante solitário, vemos a partir desta e de várias outras passagens a importância central da amizade no budismo.
Aqui eu gostaria de discutir dois lados da admirável amizade. A primeira é encontrar e cultivar amizades admiráveis, em oposição aos nossos amigos normais do dia-a-dia. A segunda parte está na forma como nós, como amigos, podemos melhor apoiar um ao outro no caminho.
A primeira coisa a ser observada na procura e cultivo de amizades admiráveis é que não temos que descartar o nosso velho grupo de amigos e substituí-los pelas assim chamadas pessoas “espirituais”. Nossas amizades atuais, mesmo com pessoas que não têm afiliação com Budismo, podem servir como um terreno fértil para a admirável amizade. No breve Meta Sutta, ou discurso sobre amizade, o Buda diz a seus monges que procurem amigos com sete qualidades: “Ele dá o que é difícil de dar. Ele faz o que é difícil de fazer. Ele suporta o que é difícil de suportar. Ele revela os segredos dele para você. Ele mantém seus segredos. Quando infortúnios lhe atacam, ele não lhe abandona. Quando você estiver para baixo, ele não o despreza. Vale a pena associar-se com um amigo dotado destas sete qualidades”. Observe não há qualquer menção de ser bem-versado no dharma, o domínio da meditação, ou que possua grande sabedoria. Amizade, sabia o Buda, é muito mais fundamental, muito mais simples.
Fonte: http://zafu.blog.br
Imagem: http://mundoverde.com.br
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